Refeitórios escolares geram indignação entre os encarregados de educação

O Ano letivo não começou da melhor maneira para as escolas do concelho de Almeirim. Para além das obras, que têm estado a condicionar o funcionamento normal das escolas, surgiram várias reclamações nas redes sociais a propósito das refeições escolares, em particular na Escola Ensino Básico 2,3 De Febo Moniz e na Escola secundária Marquesa de Alorna.

Estas primeiras semanas foram marcadas por longas filas de espera que indignaram os pais dos alunos. Surgiram vários relatos, nas redes sociais, a dar conta que os alunos ficam nas filas dos refeitórios longos períodos de tempo e que a quantidade de comida é insuficiente para fazer face ás necessidades quer dos alunos, quer dos funcionários.

O presidente da autarquia, Pedro Ribeiro, ao tomar conhecimento desta situação, pediu calma e paciência, e referiu que estas últimas semanas foram de “habituação”. “As mudanças geram sempre constrangimentos”, defendeu o autarca nas redes sociais.

O funcionamento dos refeitórios escolares são da responsabilidade da Câmara Municipal de Almeirim. A Câmara assegura as refeições escolares dos jardins de infância, 1º ciclo e, mais recentemente, das EB23.

Para além das filas e da quantidade de comida, vários encarregados de educação estão preocupados com as condições dos alunos nos contentores. Os contentores foram a solução encontrada para fazer face às obras que estão, atualmente, a decorrer, em várias escolas do concelho. Tal como o Almeirinense noticiou, a câmara está a realizar um investimento global de seis milhões de euros na área da educação, e grande parte desse dinheiro está a ser utilizado para a requalificação das escolas do concelho.

Muitos encarregados de educação consideram que os contentores não vão proteger os alunos na época de chuva, e que as temperaturas dentro dos mesmos não estão a ser devidamente reguladas. Pedro Ribeiro garante que a Câmara está a tentar encontrar uma forma de minimizar os problemas e admite que “estas obras não ajudam, mas têm que ser feitas” referiu o presidente no passado dia 8 setembro, no seminário “Desconstruida(mente)”, realizado no Cine Teatro.

Por outro lado, muitos encarregados de educação consideram que estas queixas não fazem sentido, e que as escolas, apesar de alguns problemas pontuais, têm a estado a prestar um bom serviço, nomeadamente nas refeições escolares. Apesar das filas, muitos consideram que a ementa é diversificada e equilibrada, e que são um bom apoio às famílias.

Entretanto, para agilizar o serviço de refeições, a escolas pediram aos encarregados de educação para utilizarem, sempre que possível, a plataforma GIAE para adquirir senhas de refeição e marcar os dias da semana em que os alunos irão almoçar na escola. Na página principal do agrupamento de escolas de Almeirim tem disponível um vídeo tutorial de como usar a plataforma.