O XI Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo / V Cruzeiro Ibérico já está a percorrer o rio Tejo, desde Rosmaninhal até Oeiras, numa peregrinação fluvial que combina fé, tradição e património. Com mais de 340 quilómetros navegados ao longo de seis semanas, entre 17 de maio e 29 de junho de 2025, o cruzeiro homenageia a memória das comunidades avieiras e tem este ano o alto patrocínio da Presidência da República, contando também com o apoio da Igreja Católica através da Stella Maris.
No concelho de Almeirim, a embarcação que transporta a figura de Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo e as que a acompanham, serão recebidas na segunda-feira, dia 9 de junho, no porto dos Cucos, em Benfica do Ribatejo, vindo das Caneiras e seguindo depois para o Porto do Sabugueiro, em Muge. A paragem faz parte da 10.ª etapa e reforça a ligação entre o rio, a identidade cultural local e as tradições religiosas.
Organizado pela Confraria Ibérica do Tejo, o evento envolve mais de 160 entidades, incluindo autarquias, paróquias, associações culturais e instituições estatais como a Marinha, a GNR (SEPNA), o Ministério da Defesa, o Ministério do Ambiente e o da Administração Interna. O trajeto atravessa várias barragens e açudes e conta com o apoio técnico de várias entidades para garantir a segurança da navegação.
O Cruzeiro assume também um papel relevante na candidatura da Cultura Avieira a Património Mundial da UNESCO, procurando valorizar e preservar uma forma de vida ribeirinha que marcou gerações em várias localidades banhadas pelo Tejo.
O programa inclui paragens em dezenas de localidades, de Alcántara (Espanha) até Oeiras (Portugal), passando por cidades e vilas emblemáticas como Abrantes, Constância, Santarém, Vila Franca de Xira, Lisboa, Almada e, claro, Almeirim.
O Cruzeiro Religioso e Cultural do Tejo homenageia as comunidades provenientes de Vieira de Leiria que, desde meados do século XIX e durante o século XX, migraram para o rio Tejo com os seus barcos à procura de sustento para as suas famílias, numa primeira fase fazendo dos barcos a sua casa e depois mais tarde tornando-se sedentárias nas localidades situadas nas margens do rio.