E agora?

Há poucos dias, mais uma má notícia para a saúde no distrito. Uma grávida de 17 anos com uma gravidez de risco esperou uma hora no Hospital de Santarém, mas não teve assistência. Acabou por ser levada para Abrantes, onde deu à luz. Infelizmente, este caso não é inédito e é, inclusive cada vez mais, o “pão nosso de cada dia”.

O Ministro da Saúde prontificou-se a dizer que estava tudo bem mas este domingo, após este caso, veio a lume que o bloco de partos e a urgência de ginecologia e obstetrícia tinham encerrado durante 24 horas, obrigando as grávidas do distrito de Santarém a procurar alternativas fora do mesmo. Tal já tinha acontecido no dia 11 de novembro.

O SNS está à beira da ruptura e, no entanto, cada vez mais recursos são gastos no mesmo. A má gestão é evidente.

Mas como se não bastasse o caos na saúde temos ainda a situação desastrosa da educação. 

Saíram há poucos dias os resultados do PISA (Programme for International Student Assessment) da OCDE. O PISA mede a capacidade dos jovens de 15 anos de usar os seus conhecimentos e competências em leitura, matemática e ciências para enfrentar desafios da vida real. Os resultados de Portugal caíram acentuadamente em comparação com a edição anterior (PISA 2018) nas três áreas que o mesmo avalia (leitura, matemática e ciências) sendo de destacar pela negativa o pior resultado de matemática (-20 pontos) e da leitura (-15 pontos).

Desde 2003 até 2015 os resultados de matemática cresceram significativamente atingindo o máximo no Governo do PSD com 492 pontos mas agora decresceram para níveis de 2006 perdendo muito do ganho que se tinha tido. A leitura e as ciências também tiveram um processo semelhante com o máximo de 2015 a ser significativamente perdido.

Não podemos continuar a ter um país com estas políticas de educação e de saúde que se refletem nestes terríveis resultados.

João Lopes – PSD Almeirim